Ser mãe sempre foi um desejo profundo do meu coração. Mas em 2010 a possibilidade de gerar um filho foi descartada da minha vida quando passei por uma cirurgia de histerectomia por conta de um tumor. Esse episódio poderia ser o fim do meu texto, mas pelo contrário, é exatamente neste momento que iniciarei a mais linda história de amor da minha vida.

No mesmo mês que recebi a pior notícia da minha vida, minha irmã caçula descobriu que estava grávida e ao dividir sua alegria comigo, dividiu também sua maternidade, quando emocionada me disse que aquele bebezinho seria meu filho também. Nem eu nem ela imaginávamos o que viveríamos a partir da chegada do Vicenzo. Costumamos dizer que temos uma “guarda compartilhada” e administramos essa relação com muito amor e respeito e sempre pedindo a Nossa Senhora que nos conduza nessa missão.

Ser mãe do Vicenzo é antes de qualquer coisa uma dádiva de Deus, porque entendo que Ele me permitiu ir além da nobre virtude de gerá-lo no ventre quando me ensinou a gerá-lo no meu coração. É uma experiência incrível! Amo incondicionalmente, sem esperar nada em troca; sou feliz simplesmente por ele existir e dedico meus dias contribuindo na sua educação, formação e principalmente na fé católica, não por imposição ou obrigação, mas simplesmente por amá-lo.

Agradeço a Deus e a virgem Maria, a quem recorro sempre, e confio a vida do nosso filho, por nos permitir, eu e minha irmã, comemorarmos juntas, há 10 anos, o dia das mães e perceber o milagre de Deus na minha vida quando ele olhando dentro dos meus olhos, me diz: Te amo, Mãe!

– Sindia Azevedo, Consagrada Cristo Alegria