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Cristo, Alegria Eterna

“O anjo disse às mulheres: ‘Não temais! Sei que procurais a Jesus, que foi crucificado. Não está aqui: Ressuscitou! […] Elas se afastaram prontamente do túmulo com alegria e correram para dar a Boa-Nova” (Mt 28, 6-8)

 

A notícia da ressurreição de Jesus gera em nós, como sentimento principal, a alegria. 

Alegria de Cristo Ressuscitado que é a base do nosso carisma e tem um fundamento para existir, não são palavras ao vento ou um mero discurso bonito, a nossa alegria vem da Boa-Nova, Jesus Ressuscitado!

 

Mas somente falar que a nossa alegria vem da Boa-Nova é um pouco fácil demais, como de fato provar que essa alegria eterna vem da Ressurreição de Jesus?

Eu sempre tento entender, de modo até racional, como funciona a dinâmica de Deus. Santo Tomás de Aquino em sua quarta via para comprovar a existência de Deus, nos fala que tudo o que fazemos é para chegar a uma perfeição e essa máxima beleza, agilidade ou inteligência só poderia ser Deus; ou seja, a nossa inteligência tem um fundamento maior que é Deus. 

A partir disso, entendo que tudo o que estudo, mesmo que muitos estudiosos neguem, vem primeiramente de Deus. 

 

Dito isto, a alegria que é gerada na Páscoa tem um fundamento, mas como chegaremos até ele?

 

Para mim, como psicólogo analista do comportamento, a alegria nada mais é do eu ser reforçado positivamente por alguém (SKINNER, 1904-1990) – eu faço algo (expressões de alegria) e alguém que está no mesmo ambiente me reforça para que eu faça esse “algo” novamente. 

Para Santo Tomás de Aquino, a alegria é a primeira reação de quem é amado. Portanto, se eu me sinto alegre logo sou amado por alguém, ou seja, sou reforçado positivamente por esse alguém. Mas para que essa alegria permaneça para sempre ela precisa ser causada a partir de uma ação extremamente reforçadora, ou seja, uma ação que demonstre extremo amor. 

E quem demonstrou maior amor a nós?

Santo Tomás de Aquino, vem nos falar que a dor que Jesus sentia pelos nossos pecados era tão grande a ponto de não chegar perto da dor que Ele sentiu fisicamente em sua Paixão. Esse amor tão grande é provado na cruz, a ponto de escolher morrer do que permitir que os nossos pecados não fossem perdoados. Essa é a demonstração extrema de amor que precisávamos. 

Mas se Jesus morreu como poderíamos estar felizes? 

O motivo da nossa esperança está morto, a Sexta-Feira Santa nos mostra a morte e a desesperança, o sábado nos mostra o silêncio daqueles que não acreditam no que aconteceu, e todas as promessas? E todos os milagres? Nós vimos acontecer, por que terminar desse jeito?

E assim se faz a beleza e brota a alegria eterna de nossa Páscoa, a demonstração extrema de amor não ficou somente na cruz, ela foi além, ela fez o que ninguém havia feito; muitos reis já venceram e perderam, povos e reinados ficaram ricos e faliram, tudo o que era possível já havia acontecido na história, mas ninguém! Repito, ninguém havia ressuscitado. Cristo venceu a morte, demonstrou seu extremo amor e ainda nos possibilitou novamente o céu, trouxe uma nova esperança – “ao ressuscitar o seu filho dos mortos, Deus nos deu a esperança viva” (1Pd 1, 3) – e essa é a Boa Nova! E entender isso e nos tornar dependentes de Cristo Ressuscitado nos faz ainda mais felizes – Reconhecer a dependência completa ao criador é uma fonte de alegria (CIC 301) – É por isso que as mulheres ao saberem da ressurreição rejubilam de alegria, é por isso que o nosso carisma tem a alegria de cristo ressuscitado como base, não é somente uma frase é de fato a verdade, é comprovado!

Cristo é a alegria eterna.

 

 

 

– Kaimon Borges, Consagrado Cristo Alegria

4 Comentários

  1. Juliana Carneiro disse:

    Muito bom ! Deus é e sempre será nossa eterna alegria!

  2. Thaís disse:

    Amei demais! Top.

  3. Iara disse:

    Excelente, reflexão! Reconhecer a dependência do criador, pois somos criaturas imperfeitas.

  4. Thatiane Belem disse:

    A alegria está na dependência de cristo! Excelente!

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